
Câncer de Endométrio
O Câncer de Endométrio é um conjunto de doenças causadas por proliferação descontrolada de células da camada mais interna do útero. É mais comum em mulheres brancas, com pico de idade entre 60 e 70 anos, sendo 2% das causas de morte por câncer em mulheres.
Os principais fatores de risco são o sedentarismo, obesidade associada às doenças crônicas como Diabete e Pressão Alta, além da exposição elevada ao hormônio feminino Estrógeno durante a vida (menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade/infertilidade e exposição à reposição hormonal prolongada específica).
Não é uma neoplasia rastreável sendo suspeitada, na maioria das vezes, após início de sintomas. O principal deles é o sangramento vaginal anormal, principalmente pós menopausa. Pode apresentar um quadro associado ou não a outros sintomas como dor abdominal baixa e secreção vaginal anormal. O diagnóstico é feito com biópsia, que pode ser realizada através de Histeroscopia (procedimento semelhante a endoscopia digestiva ou colonoscopia) ou Curetagem (procedimento cirúrgico de “raspagem” de cavidade uterina/endométrio).
Após diagnóstico, o estadiamento inicial é feito com exames de imagem como Ressonâncias, Tomografias ou Ultrassons. As informações advindas dos exames associados ao resultado da biópsia irão caracterizar o câncer e guiarão para o tratamento.

O tratamento é um tripé entre Cirurgia, Radioterapia e Quimioterapia. Sendo o tratamento cirúrgico mandatório em quase 100% dos casos e é, quase sempre, o primeiro tratamento, visto que confirma o diagnóstico, além de ajudar no estadiamento e servir de base para indicação de outros tratamentos (sejam por radioterapia e/ou quimioterapia).
Atualmente a cirurgia “padrão ouro” para o tratamento do câncer de endométrio é o procedimento minimamente invasivo (ou seja, por Videolaparoscopia ou Robótica), o qual tem eficiência semelhante, no tratamento oncológico, à cirurgia clássica aberta (cortando a barriga). Não obstante, mostram-se ganhos estéticos, diminuição de tempo de internação, diminuição do tempo de afastamento do trabalho e eficiência na avaliação linfonodal (células de defesa abdominais) com menor morbidade durante o procedimento.